"Olá, olá! Há fotografias dos nossos filhos que não podem estar na
internet. Não podem ou não devem, dependendo da vossa opinião sobre o
nível de segurança, a que devem sujeitar a exposição das fotografias dos
vossos rebentos.
Estive a pesquisar um pouco depois de falar com uma entendida nesta
matéria, muito minha amiga mas que não se quis deixar identificar, e os
conselhos que encontrei foram comuns. Resolvi então partilhar alguns
destes alertas convosco.
Julgo que já devem saber sobre os perigos de fotografar as vossas crianças com dispositivos móveis (importante LER AQUI) mas ainda não vos tinha escrito sobre as precauções que devemos ter ao partilhar fotos na net.
Apresento-vos hoje meia dúzia de cuidados a ter, ao partilhar fotografias de crianças:
1 – Fotografias de bebés só de fralda, nus ou a tomar banho.
Muitas vezes estes retratos são raptados por verdadeiros pedófilos e
colocados a circular em várias redes criminosas. Lembre-se que pode
acontecer com qualquer uma de nós e já se descobriram inúmeros episódios
destes em Portugal.
2 – Fotografias de crianças com a farda do colégio.
Já cometi esse erro, aqui me confesso. Neste caso foi no Facebook e
já lá fui apagar. Através da farda facilmente se identifica a escola e
por vezes até o ano que frequentam. Se um criminoso tiver acesso ao nome
dos pais, da criança e da escola… o resultado pode não ser positivo. É
só uma questão de não nos “pormos a jeito”.
3 – Fotografias com pistas sobre a morada da criança
Sempre que fotografem os vossos filhotes perto de casa, tenham o
cuidado de não captar prédios, nomes de lojas ou montras que possam
denunciar o sitio onde mora. Pelo menos nas fotografias que tenciona
partilhar na web.
4 – As fotografias que os seus filhos não quererão ver divulgadas quando forem mais crescidos.
Todas sabemos que o bulling está na ordem do dia e sempre que
partilharmos alguma gracinha dos nossos filhotes, devemos ter em conta
que eles poderão não achar graça alguns anos mais tarde. Ou pior,
poderão outros tentar aproveitar-se dessa exposição exagerada.
5 – Fotografias de crianças sem que os pais tenham autorizado.
Imaginem que uma “amiga” de uma amiga resolve partilhar a fotografia
do vosso filhote numa daquelas páginas com um número gigante de fãs. A
proliferação da dessa foto pode vir a ser quase infinita. É impossível
poder depois controlar ou contactar as pessoas que tiveram acesso a ela.
É quase como publicar uma fotografia de uma criança num jornal de
grande tiragem, sem pedir permissão aos encarregados de educação. Digo é
quase pois é pior. Uma fotografia na internet pode chegar mais longe
que qualquer capa de jornal em papel.
6 – Fotografias com identificações de GPS.
Muitos dos telemóveis com GPS, se não desligarmos essa função, tornam
publico, no vosso Facebook ou Instagram, o local de onde vocês estão a
partilhar as fotografias. Já pensou que um ladrão ou um raptor poderá
ter acesso aos seus passos ou antecipar o horário das suas deslocações?
Entretanto, nas minhas pesquisas descobri no Diário Digital, que a Polícia Judiciária recebeu em média, em 2012, seis participações por dia de crianças e jovens desaparecidos em Portugal. (não encontrei dados de 2013)
Para terminar, pergunto a todas as que se dizem mães responsáveis,
se vão continuar a alimentar os vossos Facebooks, Blogues, Instagrams e
afins, com fotografias em condições apetecíveis a qualquer pedófilo ou
raptor mal intencionado?
Quem sou eu para criticar seja quem for, aliás fiz questão de admitir
que algumas vezes, sem pensar, cometi várias destas imprudências. Mas,
na minha opinião, depois de termos acesso a este “lembrete”,
deveríamos minimizar todo e qualquer risco desagradável, principalmente
quando se trata das fotografias dos nossos filhos. Não acham?
Até já
Beijinhos,
Mónica"
Encontrámos esta publicação no blog http://amulherequemanda.sapo.pt/ e achamos realmente cada vez mais importante assegurar a privacidade das nossas crianças.
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