Bem esta é uma daquelas fotografias às quais não consegui resistir. Foi a primeira que me veio à memória ao ler este desafio no blog, por isso é provavelmente a que faz mais sentido partilhar.
Afinal de contas parece uma simples fotografia, mas para além de uma fotografia está um reviver (não só para mim mas para muitos de nós acredito!) de uma fase que marcou a nossa infância, a deliciosa brincadeira de faz de conta.
Pois é, esta foi durante muito tempo uma das minhas preferidas brincadeiras. Parece que foi ainda hoje que entrei na dispensa e esvaziei todas as prateleiras à procura dos sapatos perfeitos para passear-me pela casa. Como é óbvio os sapatos escolhidos nunca eram os meus próprios sapatos porque esses já eram demasiado familiares e eram já tão utilizados! Assim preferia escolher os sapatos, sandálias e botas da mãe! (não devo ter sido a única espero!).
Apesar da desarrumação em que ficava a dispensa, a minha mãe até achava piada, daí talvez ter tirado esta brilhante fotografia ao estilo de dançarina de música country.
Penso que esta fotografia ilustra bem o que simples "descalçar dos nossos sapatos e calçar outros", raramente nossos, causa em nós. A transformação que sentia ao fazê-lo, o mundo de brincadeiras que surgia desta simples mudança, marcou sem dúvida a minha infância.
E pronto, depois desta partilha e neste ambiente country deixo-vos, por fim, com uma música penso que assenta que nem uma luva! (pelo menos melhor que aquelas botas assentavam nos meus pés!)
5 comentários:
Simplesmente genial!!!!!!!!! ;-)
HUmmm...diga-se uma versão arrojada e sedutora de "gato das botas"!!!
Enfim...este "faz de conta que sou crescido" é delicioso e preencheu certamente a infância de todos. Das botas do pai aos fabulosos saltos da mãe, tudo servia para ganhar centímetros e "estatuto". E digam lá se não era maravilhoso sermos crescidos, sem preocupações, contas para pagar e tudo a girar em torno da vida do lar? Hoje resta-nos ver projectada nos nossos pequenotes parte da nossa infância, espelhada em imitações esmiuçadas e aguçadas por uma inocência irónica, a cada gesto e cada expressão somos nós, os nossos pais e a nossa história que ganha de novo ênfase e importância entre trapos e acessórios combinados a rigor segundo regras do nosso bom gosto levado ao extremo. Basicamente fazem melhor "de nós" do que nós próprios e em tom de brincadeira ajudam-nos a perceber que imagem e percepção têm de cada membro da família.
E recordar é viver...enviem mais fotos de quando a roupa dos pais vos assentava que nem um luva.
Está mesmo muito gira esta história e também a mim me fez recordar de quando eu calçava as botas altas e de salto alto da minha mãe.
Como eu me sentia crescida apesar de só conseguir andar devagarinho. :-)
Os sapatos do Pai tentei calçar poucas vezes porque me caiam muito dos pés.
Lembrei-me também que sempre que a minha mãe saia à noite e nos deixava com a minha avó, passavamos a noite a vestir a roupa da minha mãe. Infelizmente que não tenho fotos destas fantásticas sessões.
Obrigada Carmo por me fazer recordar o passado.
Bjs
É caso para se dizer com as botas da minha Mãe eu sou uma grande Mulher!!!!!!!!! Notou-se uns anos mais tarde....
Apesar da confiança não ser grande com este senhora dona Educadora (esta expressão ainda vai colar) devo dizer que essa fota está.. FANTÁSTICA!!
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