segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Família tem mais poder que os amigos no bem-estar e auto-estima dos jovens

A sensação de bem-estar e auto-estima dos jovens depende mais das relações familiares do que das ligações entre colegas, que só ocupam o lugar da família quando esta se ausenta, segundo um estudo de investigadores portugueses.


Afinal qual é a importância da família e dos amigos na auto-estima dos adolescentes? Para conseguir responder a esta questão, a equipa do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA) inquiriu 900 alunos do 7º, 9º e 11ª ano. No final, percebeu que a família tem mais impacto.

“Há uma convicção, mais ou menos generalizada, de que durante a adolescência o grupo de pares acaba por substituir um pouco a família. Mas o que estes dados acabam por mostrar é que isso não é exactamente assim. No que toca ao sentimento de bem-estar, a família continua a ter um papel mais importante do que o grupo”, contou à agência Lusa o coordenador do estudo, Francisco Peixoto.

O facto de sentirem que a “família os aceita tal como são, que os apoia quando precisam, nomeadamente em termos efetivos, e que simultaneamente lhes dá autonomia para poderem crescer e desenvolver-se, faz com que sintam que são pessoas que têm valor”, sublinhou o professor do ISPA.

Francisco Peixote sublinha que o facto de a família dar "um contributo maior para a auto-estima que a relação com os colegas” não significa que o grupo de amigos não é importante.

Os amigos são importantes mas, em muitos casos, não conseguem substituir a família: “contrariamente aquilo que se faz passar, de que o grupo acaba por preencher o espaço da família, isso não é completamente verdade. Depende das circunstâncias”, disse o investigador.

“Os pares acabam por ocupar o espaço, quando a família deixa esse espaço vazio. Se a família cuidar dos filhos que tem continuará a ter esse papel importante, de o jovem se sentir bem com ele próprio”, alertou.

Sobre as características “ideais” da família, Francisco Peixoto sublinha que “não há um manual de boas práticas”, lembrando apenas que na base deve estar a “aceitação” dos filhos tal como eles são.

“A questão fundamental é a da aceitação. A ideia de que os pais forçam os filhos a ser aquilo que eles quereriam ter sido, isso não contribui obviamente para uma boa prática familiar, porque o que vai acontecer é que o adolescente é rejeitado pela família, porque a família quereria ter outro que não aquele que está ali à frente”, lembrou.

O estudo será apresentado quinta-feira no ISPA durante a conferência “A construção do auto-conceito e da auto-estima na adolescência”.

Publico

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Pais portugueses brincam mais com os filhos

Comparando as prioridades e inquietações dos pais sobre o ato de brincar e os brinquedos em Espanha, Portugal, Itália, Alemanha, México e Hong Kong, a investigação conclui que a maioria dos pais europeus dedica entre 30 a 60 minutos por dia a brincar com os filhos. Portugal destaca-se dos restantes países, pois apresenta uma maior percentagem de pais (34 por cento) que brinca mais de uma hora diária com os filhos.


Os pais portugueses defendem o ato de brincar, sendo que 67 por cento considera que brincar é o fator mais importante para o desenvolvimento dos seus filhos. As maiores diferenças entre países estão nos benefícios associados aos brinquedos. Em Espanha, Itália e Portugal, a maioria dos pais considera o desenvolvimento psicomotor o mais importante, enquanto na Alemanha e Hong Kong o desenvolvimento da imaginação é destacado como a competência mais positiva associada ao uso de brinquedos. Em todos os países analisados, os pais estão de acordo quanto aos benefícios em termos de conhecimentos culturais e científicos.

Relativamente ao dinheiro destinado a brinquedos, este Natal o orçamento médio europeu situa-se entre os 50 e os 100 euros por criança, sendo que 41 por cento dos portugueses se incluem nesta faixa, face a 60 por cento dos alemães. As caraterísticas mais valorizadas pelos pais de todos os países analisados na altura de escolher os brinquedos são a segurança e a qualidade, aspetos que ficam acima do preço (que é o principal aspeto a ter em conta para 10 por cento dos portugueses e dos alemães).

A maioria dos entrevistados prefere o atendimento personalizado, a variedade e os serviços dos estabelecimentos especializados para comprar brinquedos na época de Natal. No geral, a internet continua a ser pouco utilizada para comprar brinquedos (uma média de dois por cento em Portugal, Itália e Espanha), embora na Alemanha e em Hong Kong 10 por cento dos pais optem pela compra online.

Relativamente às preferências das crianças na companhia escolhida para brincar, o estudo revela que em todos os países os mais pequenos preferem brincar acompanhados do que sozinhos. Em Portugal, e ao contrário do que acontece nos outros países da Europa, onde a preferência é para brincar na companhia de amigos, as crianças preferem divertir-se com os seus irmãos (35 por cento) em primeiro lugar.

O estudo conclui ainda que a televisão exerce pressão sobre as crianças através do aparecimento de brinquedos em séries infantis. As crianças são a principal influência sobre os pais na hora de escolher os brinquedos, tendência que se nota em todos os países. Por fim, é de destacar a fraca popularidade dos livros, pois apenas cinco por cento dos pais portugueses, espanhóis e italianos escolheriam o seu livro preferido como presente para os filhos.

in Pais e Fillhos

domingo, 1 de janeiro de 2012

Noites especiais...

Desde o primeiro dia em que se falou numa noite especial, pequenos e graúdos ficaram em êxtase até ao grande momento. As malas que se amontoavam e os sacos de cama que se empilhavam anunciavam um dia em tudo fora do normal. Os pais no misto de ansiedade e alegria despediram-se pela manhã dos seus filhotes que só voltariam a ver no dia seguinte, pois neste dia eles pela primeira vez passariam a noite na escola. Uma terça-feira em tudo diferente e inesquecível.

Depois de um dia mais agitado entre brincadeiras e actividades, os meninos da sala da Teresa e da Carmo viram sair todos os restantes amigos e tomaram como somente sua toda a escola. Foi a loucura, da jantarada preparada pela Tia Lena, à festa do pijama, sem esquecer a incontornável visita do Pai Natal tudo foi vivido com muita intensidade.


O velhote de barbas apareceu bem na hora, fazendo-se ouvir desde a porta até às salas, depois do lanchinho preparado pelos pequenos chef's subiu com pé pesado as escadas e surpreendeu aqueles que pareciam nem acreditar. "É mesmo o Pai Natal de verdade!" Depois de uma conversa bem divertida e muitas gargalhadas, distribuiu as prendinhas e levou mais biscoitos para a viagem,deixando para trás uma pequenada em delírio.


Na quinta-feira seguinte foi a vez dos meninos da sala de estudo desfrutarem de uma noite em beleza, após um dia de escola enérgico e agitado, despediram-se dos restantes amigos e embarcaram numa aventura. As conversas e sussurros espelharam-se pelo ar mal se saiu a porta do colégio em direcção ao restaurante, que inundaram com boa disposição e espírito de curiosidade. Já de barrigas cheias e compostas regressaram à escola e trajaram-se a rigor para uma verdadeira festa do pijama, em trios e pares todos dançaram e riram. O cheiro a pipocas fez-se sentir na sala e rapidamente os sacos de cama ficaram em posição para a sessão de cinema. Num abrir e fechar de olhos o João Pestana aninhou-se no grupo, dando lugar ao sonho de uma noite inesquecível...