sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Pequeno-almoço: uma refeição importante


São sobejamente conhecidos os benefícios de tomar um bom pequeno-almoço. Sobretudo as crianças não devem nunca saltar esta refeição. Mas para isso é fundamental que os pais também se sentem à mesa.

Não é preciso muito tempo. Basta deixar algumas coisas preparadas de véspera e que todos se deitem a horas. Esolher bem os alimentos também é essencial. Lembre-se que ainda recentemente a DECO voltou a alertar para o excesso de açúcar que contêm os cereais especialmente criados para as crianças.

Na edição de Outubro da Proteste, pode ler-se que foi identificado demasiado açúcar nos 171 cereais de pequeno-almoço analisados, à venda em 31 países, incluindo Portugal. Por isso, a DECO recomenda que os pais estejam mais atentos à quantidade de açúcar que oferecem aos filhos logo pela manhã: «Os cereais açucaradoos não devem ser a regra ao pequeno-almoço, mas a excepção. O pão, em especial o integral, é uma fonte mais saudável de cereais». A nutricionista Paula Veloso aconselha os pais a escolherem cereais e bolachas com pouco açúcar e pouca gordura e ricos em fibras.

Compor um pequeno-almoço saudável e torná-lo uma rotina

Um pequeno-almoço completo deve ter alimentos dos seguintes grupos:

  • Cereais e derivados - pão, cereais, tostas ou bolachas

  • Fruta e Legumes - fruta, sumo de fruta natural com polpa, compota

  • Leite e derivados - leite, iogurte (líquido, sólido ou de soja), queijo flamengo, queijo fresco, requeijão

  • Carne - azeite, manteiga, manteiga de amendoim
  • A ementa deve ir variando. Por isso, peça ao seu filho que crie menus, escolhendo um alimento de cada grupo ou, pelo menos, de três dos grupos apresentados. Registe os menus e fixe esse registo no início da semana no frigorífico.

    Assim, o seu filho sentirá que o pequeno-almoço foi uma escolha dele. Será mais difícil que diga que não lhe apetece ou que não tem fome. Se ele tem dificuldade em comer de manhã, reduza um pouco as quantidades, mas faça do pequeno-almoço em família, à mesa, uma rotina.

    Não se esqueça de ter na despensa e no frigorífico todos os ingredientes necessários a um pequeno-almoço completo. Caso contrário, o registo de menus perde eficácia.

    Exemplos:

  • pão com queijo e um sumo de fruta natural

  • taça de iogurte com cereais e fruta

  • leite e pão com manteiga de amendoim

  • Por que é que o seu filho não pode sair de casa sem pequeno-almoço? Damos-lhe seis razões:

  • Não tomar pequeno-almoço pode implicar alterações metabólicas no cérebro resultantes de um longo período de jejum que se prolonga para além da noite.

  • As crianças que «saltam» esta refeição têm menor capacidade de atenção e concentração e, muitas vezes, mau humor e irritabilidade

  • Podem também apresentar défices nutricionais, porque dificilmente conseguirão ingerir no resto do dia todos os nutrientes necessários.

  • Crianças que tomam pequeno-almoço podem ter melhores resultados nos testes.

  • Quando se salta esta refeição parece haver mais tendência para petiscar alimentos muito calóricos durante a manhã.

  • O pequeno-almoço deve contribuir com 25 por cento das calorias totais do dia. Ou seja, é tão importante como o almoço e o jantar. Sem pequeno-almoço, o metabolismo permanecerá lento, após oito ou mais horas de jejum nocturno. O organismo, com um baixo nível de glicose sanguínea e não sabendo quando vai comer outra vez, entra em poupança energética. Por isso, omitir esta refeição também não é aconselhável a quem deseja perder peso.

  • Fonte: «Dieta sem castigo», de Paula Veloso, Porto Editora.

    3 comentários:

    Xana disse...

    Adorámos este artigo cá em casa. Só hoje faço o meu comentário pois este artigo foi alvo de grande reflexão.
    Está muito bem escrito e passa muito bem a mensagem da importância do pequeno almoço.

    Assim conversei com o Tiago e decidimos colocar isto em prática.

    No Verão o Tiago ainda variava o pequeno almoço, mas agora com o frio é todos os dias leite com chocolate e pão de leite com fiambre.
    Combinámos fazer umas 5 ementas diferentes para os dias da semana e variar todos os dias. Hoje ao jantar o Tiago lembrou-se da broa de milho e até me disse que provou pão com doce e que gostou.
    Acho que vamos ter umas ementas fantásticas.
    Quanto ao comer sentado já temos esse hábito, o Tiago e a Mãe, pois o Pai sai de casa quando o Tiago se está a levantar.
    Mas ao fim de semana já tomamos os 3 juntos.
    Obrigada pelo artigo, muito útil.

    Mãe João disse...

    Acho que nunca é tarde para comentários deste tipo... Pois não Marta?!?!

    Cá em casa (apesar de não parecer) não saltamos refeições...
    comemos por vicio (sofremos apenas de obesidade mental)...
    …é assim uns comem os outros engordam!!!!

    Para mim as refeições são sagradas e sou mesmo muito chata... é um "defeito" que teimo em não corrigir. Durante a semana o pequeno almoço é o boletim “humorológico”: é só tomar atenção aos “grunhidos” e assim já sabemos como teremos de lidar umas com as outras de manhã e ajudar quem estiver mais frágil a enfrentar o dia que nos espera à porta! O Salvador “safa-se”, o objectivo dele é embutir tudo para ir “dormir só mais um bocadinho” (bocadinho esse que dura até chegar ao infantário).
    Ao fim de semana esta refeição vale ouro: como não é fácil juntar o rebanho ao pequeno almoço (idades diferentes igual a (des)horários) são sortudos os que se levantam mais cedo… (duplicam ou reduplicam) e fazemos um jogo cada um conta os seus sonhos, depois há os “batoteiros”que não sonham mas que têm imaginação.
    Eu fazia isto com as minhas irmãs, e houve “sonhos” que ficaram para a posteridade com todos os pormenores.
    Quero saber dos sonhos dos meus filhos e vou querer saber dos sonhos dos meus netos…

    Foi um bocadinho de nós…

    Nutrição e Bem-Estar disse...

    Bom artigo sobre a importância do pequeno-almoço, veja aqui mais sobre O Pequeno-Almoço Ideal